III Simpósio de Saúde Quântica



O III Simpósio de Saúde Quântica e Qualidade de Vida acontecerá na cidade de São Paulo - SP, no Centro de Convenções Anhembi, nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2013.


Após o sucesso do I e II Simpósio de Saúde Quântica e Qualidade de Vida que aconteceram em 2009 e 2011 na cidade de Recife, com a presença de 900 e 1500 participantes respectivamente, a cidade de São Paulo sediou a terceira edição desse grande evento que teve como intuito propagar um novo paradigma na saúde capaz de contemplar o ser humano em todas as suas dimensões: material, mental, emocional e espiritual.

Cientistas de várias partes do mundo com trabalhos respeitáveis e com reconhecimento internacional estiveram em São Paulo em 2013 trazendo as evidências de um novo paradigma científico.

Amit Goswami, Masaru Emoto, Lair Ribeiro, Gabriel Cousens, Raul Marino Jr, Alberto Peribanez, Jonh Veltheim, Irvênia Prada, Laércio Fonseca, Philippe Bobola, Fernando Bignardi, Robert Happé, Uma Krishnamurty, Peggy Phoenix Dubro, Wallace Liimaa, Romeu Carillo, Francisco Di Biasi, Julian Barnard e Adalberto Barreto são alguns nomes dos apresentadores.



 

 

A seguir você verá todos os temas das palestras que serão apresentadas durante o Simpósio e um resumo para que possa ter mais clareza do que será abordado em cada apresentação.


Amit Goswami

 

Tema da Palestra: Os fundamentos quânticos da Medicina Energética e da Psicologia Energética

O físico quântico Amit Goswami vai explorar a validade científica da Medicina Energética e da Psicologia Energética na sua palestra.

 

Masaru Emoto

 

Tema da Palestra: As Mensagens da Água

Em seus estudos o Dr. Masaru Emoto fotografou cristais de água congelada, formados após as moléculas de água serem submetidas a diversos tipos de “vibrações” positivas e negativas.

As imagens são surpreendentes! As vibrações positivas promovem a formação de belíssimos cristais com as moléculas de água harmonicamente organizadas. Em contato com vibrações negativas as imagens apresentam estruturas de moléculas desorganizadas e assimétricas.

No corpo humano, a água forma a maior parte das células e corresponde há cerca de 70% do peso de uma pessoa. E se a água representa vida, é importante lembrar que em todo o mundo hoje existem aproximadamente seis bilhões de habitantes que necessitam dela para sobreviver.

O Dr. Masaru Emoto é um dos cientistas engajados em questões ambientalistas e sustentáveis, que vem acrescentar novas informações sobre a relação da Humanidade com Água. Através de suas pesquisas conseguiu demonstrar as influências das condições ambientais e de pensamentos, emoções, sentimentos e palavras sobre a organização das moléculas de água.

 

Lair Ribeiro

 

 

Tema da Palestra: Envelhecer sem ficar velho

Longevidade com saúde.
Como interferir na genética que herdamos.
Hábitos cientificamente comprovados para obter a longevidade com saúde.
Como buscar o equilíbrio hormonal.
Evitando os radicais livres e aumentando o nível de energia.
O IMPORTANTE NÃO É SÓ ACRESCENTAR DIAS Á SUA VIDA, MAS SOBRETUDO VIDA AOS SEUS DIAS!

 

Julian Barnard

 

Tema da palestra: A Transferência da Informação nas Essências Florais

Dois temas são uma preocupação constante: por que o Dr. Bach escolheu determinadas plantas e como os remédios florais atuam. Ambos se referem à maneira pela qual a estrutura da planta, geometria e padrão de crescimento expressam a ideia que reside por trás da forma de vida.
Esta palestra irá considerar o processo pelo qual esta informação pode ser gravada e depois transferida para qualquer organismo vivo.

Um breve histórico do Dr. Bach e dos remédios florais será o ponto de partida para olharmos a maneira como os elementos terra, água, ar e fogo se combinam para criar um campo de força passivo que carrega informações que podem ser 'lidas' pelo ‘destinatário’. Esta mensagem oferece a oportunidade para a mudança.

 

Gabriel Cousens

 

Tema da palestra: Existe cura para o Diabetes

Como base em 40 anos de pesquisas clinicas e experiências na reversão do diabetes usando nutrição integral e natural de origem vegetal, Gabriel Cousens, MD, MD(H) irá compartilhar, em amplos limites, como prevenir e tratar desta pandemia global, que hoje afeta 380 milhões de habitantes do planeta. Estará lançando uma edição revisada do livro "Existe Cura para o Diabetes" na qual detalha os resultados de sua pesquisa com a reversão de 120 diabéticos com resultados surpreendentes. Dr. Cousens revelará porque o entendimento da Sindrome Crônico-Degenerativa do Diabetes e a sua prevenção são vitais para todas as pessoas.

 

Wallace Liimaa

 

Tema da Palestra: Paradigma Quântico: um novo paradigma para uma nova humanidade

O Relatório Flexner, produzido em 1910, nos Estados Unidos, e encomendado pela Associação Médica Americana (AME) para coibir abusos na prática médica foi um marco para a prática da Medicina no mundo ocidental que se propagou para o resto do mundo.

Flexner baniu todas as práticas associadas às terapias naturais e também as práticas de Acupuntura, Homeopatia, Osteopatia e Quiropraxia foram banidas e perseguidas. O eletromagnetismo, que já era adotado com sucesso em vários procedimentos de cura, foi considerado uma pseudociência.

O foco apenas nos sintomas físicos e na bioquímica da doença estabelece o modelo da medicina alopática como a única prática médica aceita pela AME
Em pleno século XXI, a própria AME reconhece que esse modelo que ainda prepondera na maioria das Universidades de Medicina, ocupa o ranking da 3ª causa mortis nos EUA, só perdendo para os óbitos relacionados às doenças cardiovasculares e o câncer. Em algumas pesquisas já aparece como a 1ª .

O Prof. Wallace Liimaa mostrará como o Paradigma Quântico – Relativístico possibilita a construção de um novo Modelo Biomédico inclusivo no qual todas as práticas, inclusive a alopatia, podem ser úteis e contribuir para o resgate de uma Medicina que contemple os aspectos emocionais, mentais e espirituais, além dos físicos da dimensão humana, que por ignorância e interesses econômicos, o Relatório Flexner reduziu apenas à dimensão física, com foco na remissão dos sintomas das doenças e não na investigação e remissão das suas causas. O modelo Quântico resgata e fundamenta cientificamente a importância das terapias naturais, bem como da Acupuntura, Homeopatia, Terapias Florais, Reiki, EFT e outras práticas energéticas, e o Eletromagnetismo retoma o seu lugar de honra como uma prática científica.

A dimensão quântica da realidade resgata a multidimensionalidade da existência humana e os princípios quânticos possibilitam a compreensão da interconexão entre todas as coisas e nos coloca como co-criadores da realidade desejada, convidando-nos a aprender a fazer as melhores escolhas capazes de transformar o nosso mundo interior e consequentemente a termos mais saúde e qualidade de vida.

Laércio Fonseca

 

Tema da Palestra: Física Quântica e Espiritualidade

O objetivo principal desse estudo reside no fato de pretender dar um tratamento e uma abordagem altamente científicos aos fenômenos espirituais. Utilizando os mais atualizados conceitos da física quântica e da teoria da relatividade, mostramos que existe uma explicação sólida e consistente para esses fenômenos, demonstrando que a espiritualidade, a existência da alma e do espírito é lógica e racional.

Como físico, o porfessor segue as exigências estruturais necessárias para que a ciência possa interessar-se pelo fenômeno e para que ele seja tratado com o devido e merecido respeito por todos aqueles que procuram um estudo sério e avançado da Espiritualidade. Temos a certeza que estaremos juntos nesse esforço comum de dar luz e trazer mais uma semente de contribuição para esse fantástico universo ainda a ser desvendado por todos nós.

     
     
     

 

Adalberto Barreto

 

Tema da Palestra: QUANDO A BOCA CALA OS ÓRGÃOS FALAM E QUANDO A BOCA FALA OS ÓRGÃOS SARAM: pistas para o diálogo  corpo e mente. 

A concepção sistêmica do universo, como um sistema vivo, possibilita-nos compreender os sintomas como sendo formas físicas, materiais, de expressão dos conflitos ou desequilíbrios e que através de uma linguagem simbólica nos informa onde se situam nossos problemas. Quando fazemos a devida decodificação dessa mensagem inconsciente, percebemos com clareza que o sintoma age como uma mensagem simbólica que se somatizou, no corpo físico.

Esta concepção eco-sistêmica que vê a doença em estreita relação entre corpo-espirito-natureza, já se encontrava no pensamento grego, tão bem desenvolvida e praticada no templo de Asclépio em Epidaurus.Portanto o aparecimento do sintoma ( doença) precisaria ser visto numa dupla perspectiva a biológica onde se busca explicá-lo analisando os processos mecânicos do organismo e a simbólica onde vai se procurar decodificar a comunicação inconsciente veiculada por ele. É evidente que para interpretar o sintoma, temos que conhecer os códigos corporais, construidos ao longo do tempo. Se do ponto de vista biológico o sintoma tem uma ou várias causas, do ponto de vista simbólico ele tem uma função, ele tem valor de comunicação. Da mesma maneira que os sonhos são a expressão codificada da linguagem do nosso inconsciente, os sintomas no corpo físico são linguagens inconscientes do nosso ser e agir no mundo.

Decodificar essa mensagem possibilita ao homem resignificar, reorientar seu comportamento sua vida. Negar este aspecto este sinal de alerta é privar o ser humano de transformar a doença numa oportunidade para rever seus valores, repensar seus relacionamentos e sua postura no mundo.Para poder expressar um sentimento, uma emoção, uma idéia um sonho nós precisamos de palavras, gestos e desenhos. Aquilo que vivemos no mais profundo de nós mesmos para se exteriorizar utilizamos o nosso corpo físico como tela de projeção. Neste sentido, corpo e mente estão interligados. A mente inconsciente precisa do corpo físico como alguém precisa de um espelho para tomar consciencia de sua fisionomia e materializar sua identidade. Se existem distorções entre o corpo e o espirito, aparecem então os sinais de alerta, as mensagens, sugerindo uma parada um repensar.

 

     
     
     

 

Uma Krishnamurthy

 

Tema da Palestra: Psicologia do Yoga e Saúde Mental

Após a introdução dos componentes básicos da Psicologia do Yoga e a explicação da suas semelhanças e diferenças com a Psicologia Transpessoal, Uma irá explicar a aplicação da Psicologia do Yoga para a saúde mental positiva.

     
     
     

 

Alberto Peribanez

 

Tema da Palestra: Da terra ao homem: as bases fisiológicas do Programa de Saúde da Terra

Programa de Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) Secretarias Municipais de Saúde de Capão Bonito e Osasco - SP

O estratégia em saúde denominada Programa de Saúde da Terra reconhece a natureza como provedora original e autentica de alimento humano, plena de informação vibratória (elétrons e fótons) e vida (nutracêuticos e probióticos)



 

     



Raul Marino

 

Tema da Palestra: Neurociência e a integração corpo-mente-alma-espírito

O autor apresentará breves noções que constituem as bases da neurologia e da neurofisiologia que consistem no substrato anatômico onde se processam as atividades cerebrais que dão sustentação a esses fenômenos considerados complexos, em especial considerações sobre o funcionamento do sistema límbico - sede de nossas emoções, da afetividade e dos fenômenos chamados parapsicológicos e paranormais. a seguir examinará à luz da moderna neuroteologia ( sobre a qual tem livro já publicado: a religião do cérebro), focalizando a unidade que esse sistema hoje nos dá, do ponto de vista científico, sobre a integração corpo-mente-alma-espirito, inclusive com explicações hoje fornecidas pela moderna física quântica.

     
     
     

 

Robert Happé

 

Tema da Palestra: Co-criação na reforma do nosso mundo começa em conhecer a si mesmo

Segundo Robert Happé, no processo de co-criação da realidade, o tema será desenvolvido
levando-se em conta as energias do momento.

 

     
     
     

 

Irvênia Prada

 

Tema da Palestra: Pertencemos ao  universo, não somos donos dele!

Retrospectiva Histórica
Admite-se que o gênero humano tenha evoluído a partir do Australopitecus (austral = sul, pitecus = macaco), primata que teria vivido no sul da África há cerca de 3,5 milhões de anos, dele resultando, entre outras, as espécies (1): Homo habilis (teria vivido há 2 milhões da anos), Homo eretus (1 milhão de anos), Homo sapiens (500 mil anos) e Homo sapiens sapiens, a nossa espécie (35 mil anos). Pelo fato de o Homo habilis apresentar uma cavidade craniana com características mais próximas das do Australopitecus do que das outras espécies do gênero humano, existem dúvidas entre biólogos e antropólogos, se ele já poderia ser considerado “humano” ou se estaria melhor classificado entre os macacos. Portanto, a relação dos seres humanos com os animais é ancestral e muito mais íntima do que se poderia supor, o que faz cair por terra definitivamente a nossa pretensão de sermos únicos e “superiores”.
Os indivíduos da época do “Homem de Neandertal” (da espécie Homo sapiens), caçador de cervídeos e mamutes, e do “Homem de Cro-Magnon” (da nossa espécie), “caçador-artista” (pintura rupestre) se organizavam em grupos e saiam à caça de animais dos quais se aproveitavam da pele e das carnes, já com manejo utilitarista do fogo. Até aí se considera a existência de uma certa relação harmônica entre o ser humano e o meio ambiente, equilíbrio este que teria se “quebrado” na chamada “Revolução Neolítica”, ocorrida há cerca de 12 mil anos (2), quando ele deixa de viver como parte integrante dos ecossistemas e passa a ter um comportamento de domínio sobre a natureza, do que resultam o plantio, o pastoreio e a domesticação de animais.
Para Herculano Pires (3), a vivência de um “Horizonte Agrícola” (estágio da sociedade centrado na exploração da natureza) caracterizou o panorama cultural do Egito antigo (2.600 anos a. C). Tendo os elementos da natureza sob seu domínio e controle, o ser humano passa a observa-los mais atentamente, disso surgindo os conceitos de antropomorfismo (constatação da similitude de formas entre figuras humanas e de animais) e de animismo (constatação da similitude de valores enquanto funções, entre seres humanos e animais). Surge a mitificação de animais (animais sagrados), o zooantropomorfismo (figuras mistas com elementos humanos e animais) e a doutrina da metempsicose (espíritos humanos poderiam reencarnar-se em corpos de animais).
Desde os gregos, firmou-se como paradigma cultural, o antropocentrismo, forma de pensamento e de conduta que prioriza o bem-estar do ser humano, dele constando ainda a recomendação de que a natureza deveria ser explorada em seu benefício. Esse paradigma é reforçado em Aristóteles (século IV a.C.), que representava os seres vivos metaforicamente dispostos em uma pirâmide, os mais simples em sua base e os de constituição mais complexa, nos segmentos superiores. O ser humano aparecia em destaque no ponto mais alto, com o significado de que tudo o que lhe estava “abaixo”, deveria lhe servir. O exercício do poder também se fazia do ser humano mais forte sobre o mais fraco, sempre com a estratégia de considerar o subjugado “sem alma”. Assim, as mulheres foram vistas como seres sem alma, até o Concílio de Macon, no século VI e os escravos negros, até mais recentemente, no século XIX.
Entre as figuras exponenciais da chamada Revolução Científica do século XVII, destaca-se a de Descartes, que estabeleceu a concepção mecanicista do universo e dos seres vivos, interpretada pela humanidade de maneira reducionista e materialista. Valorizou-se o corpo físico, em detrimento das dimensões psíquica e espiritual. Por influência religiosa (apenas os seres humanos tinham alma, sede dos sentimentos), Descartes teria admitido que gemidos, uivos e lamentos emitidos por animais não deviam ser interpretados como sinais de dor/sofrimento, mas sim como automatismos da “máquina”, à semelhança dos ruídos de uma roda de carroça em movimento. Assim, a “coisificação” dos animais ainda permanece como estratégia de exercício de poder, pois são utilizados, explorados e descartados ao arbítrio do ser humano.

Resíduos Culturais
A nossa cultura acha-se até hoje impregnada pelo Paradigma Antropocêntrico que, adotado por teólogos medievais, tornou-se dogma oficial e absolutista do conhecimento, até o final da Idade Média, que permeou os séculos, do V ao XV.
Convivemos ainda com cientificismo (4), imediatismo e utilitarismo, com exploração inconseqüente da natureza, a serviço do bem-estar do ser humano, com total descaso pela sorte dos animais. Basta que se observe a maneira como são produzidos zootecnicamente, como são explorados economicamente, como são utilizados nos espetáculos de diversão humana, a que condições os submetemos em nossa companhia e como são disponibilizados nos laboratórios de pesquisa, onde não lhes respeitamos nem a capacidade de fruir dor/sofrimento nem o direito à própria vida.

O Que Está Mudando
Pesquisas das últimas décadas, sobre a inteligência dos animais, a natureza de sua mente e consciência, os mecanismos de sua interação cérebro-mente, e sua capacidade de exprimir emoções e sentimentos, nos levam a admitir que não sejam simples máquinas cartesianas automatizadas, mas sim seres sencientes (5), ou seja, com capacidade de fruir sensações de conforto, alegria e felicidade, bem como de dor e de sofrimento.
Grande contribuição foi dada por Gregory Bateson (1904-1980), que na década de 60 conceituou mente como “o processo cognitivo de manifestação da vida”. Com isso cai a postura cartesiana de que apenas o ser humano seria dotado dessa dimensão, que passa a ser considerada em todos os seres vivos.
Várias publicações têm nos esclarecido sobre a verdadeira natureza dos animais, entre elas “O Parente mais Próximo”, de Roger Fouts (1998), “The Prehistory of the Mind”, de Steven Mithen (1999), “Cães Sabem Quando Seus Donos Voltam Para Casa”, de Rupert Sheldrake (1999) e “Animal Minds”, de Donald Griffin (1994).
Assim, o paradígma antigo, antropocêntrico, não mais nos satisfaz. Saímos das amarras do utilitarismo, do reducionismo e do mecanicismo, para a visão holística, centrada em conceitos básicos da Física Quântica (4), segundo os quais não estamos e nunca estivemos no alto da pirâmide aristotélica, como seres excelsos, mas fazemos parte de um grande contexto universal que pode ser idealizado como uma rede multidimensional de elementos que interagem o tempo todo. Não somos mais do que um fio na teia da vida (6). Neste novo modelo é valorizada, mais do que a individualidade de cada um dos elementos, a maneira como interagem (pessoalidade). Entende-se a partir daí que a transcendência do ser humano se fará pela sua “pessoalidade”, ou seja, pela maneira harmoniosa com que buscará o bem de todos, em suas maiores e menores decisões. Substitui-se a competição pela cooperação, a exploração pela conservação, a quantidade pela qualidade, a dominação pela participação, o proselitismo pelo testemunho e se alia o racional ao intuitivo (4).

Implicações éticas
O conhecimento de que os animais não são máquinas cartesianas insensíveis, mas sim seres sencientes obriga-nos a uma nova postura ética, em relação a eles. Há que se buscarem modelos de interação harmônica entre seres humanos e animais, em todos os setores de atividade em que convivam, assim como urge o descobrimento de métodos substitutivos à utilização de animais em pesquisa e ensino (7). Mas, é necessário que tenhamos coragem para mudar, pois como refere Singer (8) “um movimento de libertação (refere-se à libertação dos animais) requer expansão de nossos horizontes morais”.
É de Carl Sagan (9), que alem de astrofísico era também biólogo, a reflexão: “Se os chimpanzés têm consciência, se têm capacidade de abstração, não devem eles ter acesso àquilo que se convencionou chamar até agora de direitos humanos? Que inteligência terão de atingir até que seu assassínio seja considerado crime?” Donald Griffin (10) também considera: “Em termos científicos, nossa antiga premissa de que os animais não têm consciência, está se tornando cada vez mais questionável. Alem do mais, há implicações éticas nesse conhecimento”. Ainda Fritjof Capra (4), físico teórico da atualidade, assevera: “...há cientistas, como eu, que estão ansiosos por fazer essa conexão (com a moral). Há fronteiras para a curiosidade humana... amarrar um animal e medir seus limiares de dor, derramar substâncias tóxicas em seus olhos e medir seu efeito sobre a retina, não é intelectualmente instigante parra mim, nem interessante ou recompensador. Esse tipo de pesquisa é repulsivo”.
Novos tempos, novas idéias, novos desafios, entre os quais o maior deles é entendermos de uma vez por todas que “não somos donos do universo, apenas pertencemos a ele” (4).